terça-feira, 8 de setembro de 2009
Lembranças
Certo dia estava sentado no jardim, olhando as crianças brincando ao pôr-do-sol, intocáveis com a sua alegria, quando subtamente me peguei num emaranhado de pensamentos e lembranças. Começei a me lembrar da minha infância, quando tudo parecia tão mais fácil, tão mais acessível. As preocupações não existiam, tudo era mera diversão. Lembrei-me do tempo em que eu era realmente feliz. Em meio à esses pensamentos senti que meu sangue pulsara em minhas veias como nunca pulsara antes. Um estado de conforto se instalou em mim. Meus sentidos se aguçaram de uma forma que chegou a me pertubar. O cantarolar dos pássaros ecoava em minha cabeça, o contato com a grama, com a terra parecia fazer parte de mim naquele momento. Foi nesse instante que eu percebi que eu não precisava de mais nada em minha vida, somente das minhas lembranças, porque o que eu mais necessitava pra poder morrer feliz não era algo que eu não possuía ainda, era na verdade algo que dinheiro algum podia comprar, eram os momentos de felicidade que eu guardava no meu íntimo. Foi nesse momento que eu me dei conta pela primeira vez de como eu era e fui feliz. E foi nesse instante que eu senti o sopro da morte me levar para o infinito.
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LindíssimO... muito de verdade o que vc disse...
ResponderExcluirsaudade sua!
=*
Vivi